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Representantes do setor arrozeiro gaúcho reuniram-se nesta sexta, 6 de junho, com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para pressionar o governo federal por medidas concretas contra o desequilíbrio de preços no mercado do arroz. Os presidentes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, e da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) Renato Franzner, estiveram reunidos com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, para examinar dificuldades enfrentadas pela orizicultura gaúcha.
A reunião ocorreu na superintendência da Conab, em Porto Alegre (RS). O setor arrozeiro vive um contexto de aumento da área cultivada, elevação da produtividade média das lavouras, demanda interna enfraquecida, exportações abaixo do esperado e preços internacionais em níveis inferiores. O presidente da Federarroz alertou que a comercialização do cereal não está cobrindo os custos de produção de R$ 90,00, contra R$ 70,00 para o preço de venda da saca de 50 quilos. “Além dessa diferença, os produtores enfrentam ainda situação de falta de liquidez no mercado“, pontuou Velho.
O dirigente lembrou ainda que estão se aproximando os vencimentos dos custeios do ano ado. “Os próximos meses, junho e julho, serão cruciais para estes compromissos assumidos pelos produtores”, ressaltou. Velho pediu que o governo federal apoie o setor e reconheça que não há interesse em preços tão baixos, nem tão altos. “Reconhecemos que do outro lado existe um consumidor, mas colocamos aqui que existe um custo de produção, uma rentabilidade mínima para que o produtor possa se manter na atividade”, ressaltou.
Já o presidente da Conab, Edegar Pretto, reconheceu a situação difícil do setor, mas lembrou que o governo federal tem desenvolvido ações no sentido de equilibrar os preços, porém reconheceu que as medidas não têm sido suficientes. “Eu assumi o compromisso de mobilizar uma reunião interministerial em Brasília semana que vem integrando os ministérios da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, Casa Civil e Conab para, junto com o setor arrozeiro, estudar outras alternativas que possam fazer com que o produtor sinta a “mão amiga do governo federal” ajudando a encontrar esse equilíbrio de preços”, ressaltou. Entre as possibilidades, Pretto citou a alternativa de o governo federal lançar o contrato de opção de venda. “Depois de 11 anos, a Conab vai voltar a ter estoque de arroz”, anunciou.
Também presente ao encontro, o presidente da Abiarroz, Renato Franzner, destacou a necessidade de se encontrar um equilíbrio de preços no setor. “Agora nós temos um volume um pouco maior do que seria o normal pela demanda e pelo mercado externo, onde se insere o Mercosul. Então nós temos um desafio que é corrigir o preço atual, e aí é muito importante essa sensibilidade por parte do governo de criar um instrumento para reter um pouco deste arroz para que o mercado possa voltar a um patamar sustentável para toda a cadeia. Franzner enfatizou ainda que não é interesse da indústria trabalhar com preços muito depreciados.
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